Quem brinca com o fogo queima-se. Ou não.
Como alguns de vocês já sabem, tenho em minha casa algumas relíquias da Primeira Guerra Mundial, que herdámos do meu bisavô, sendo a mais emblemática delas uma granada. Durante toda a minha vida vi a granada numa gaveta de um velho contador no quarto da minha avó. Quando ela morreu, levámos o contador para o Carregal e esvaziámos o conteúdo das gavetas. A granada continuou em minha casa.
Nunca me assustou ter uma granada em casa. Já a tínhamos há tantos anos e nunca aconteceu nada. Era mais um objecto decorativo do que outra coisa, como é óbvio. Só que ninguém sabia. Recentemente falei com algumas pessoas sobre isto e elas foram super alarmistas. Diziam-me que era um perigo, que devia desactivá-la, etc, etc. Nós sempre achámos que já estando tão velha e ferrugenta não haveria perigo nenhum (senão também não a teríamos assim em casa, acho).
Já não a via há alguns anos, nem sabia ao certo onde estava. Mas ontem alguém me pediu para vê-la. E lá fui eu à procura da dita. Procurei primeiro num sítio, depois no outro e à terceira é que foi de vez. Peguei na granada e senti que algo se tinha desprendido dela e ficado para trás. Olhei para a minha mão e vi um buraquinho na ponta a deitar um pó que caiu para cima do móvel e um bocado para o chão. Neste momento, a minha vida parou. Lembrei-me dos alarmismos de várias pessoas e só pensei: "Isto não está a acontecer! Isto não é pólvora a cair! E aquilo ali não é a cavilha que caiu!" Olhei outra vez para a granada na minha mão e só via um pózinho à volta do buraco.
Claro que não explodiu, não aconteceu nada, não houve perigo nenhum. Mas por descargo de consciência voltei a pô-la no sítio e afastei-me dali...
Nunca me assustou ter uma granada em casa. Já a tínhamos há tantos anos e nunca aconteceu nada. Era mais um objecto decorativo do que outra coisa, como é óbvio. Só que ninguém sabia. Recentemente falei com algumas pessoas sobre isto e elas foram super alarmistas. Diziam-me que era um perigo, que devia desactivá-la, etc, etc. Nós sempre achámos que já estando tão velha e ferrugenta não haveria perigo nenhum (senão também não a teríamos assim em casa, acho).
Já não a via há alguns anos, nem sabia ao certo onde estava. Mas ontem alguém me pediu para vê-la. E lá fui eu à procura da dita. Procurei primeiro num sítio, depois no outro e à terceira é que foi de vez. Peguei na granada e senti que algo se tinha desprendido dela e ficado para trás. Olhei para a minha mão e vi um buraquinho na ponta a deitar um pó que caiu para cima do móvel e um bocado para o chão. Neste momento, a minha vida parou. Lembrei-me dos alarmismos de várias pessoas e só pensei: "Isto não está a acontecer! Isto não é pólvora a cair! E aquilo ali não é a cavilha que caiu!" Olhei outra vez para a granada na minha mão e só via um pózinho à volta do buraco.
Claro que não explodiu, não aconteceu nada, não houve perigo nenhum. Mas por descargo de consciência voltei a pô-la no sítio e afastei-me dali...
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on sexta-feira, 21 de abril de 2006 at 11:10.
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2:19 da tardePosted by
Tu és completamente louca... As pessoas à tua volta não são alarmistas! Trata-se de bom senso...
Para que servem granadas? De certeza que não são para ficar em casa dentro de gavetas a apodrecer (à espera do dia do PUMM!)
E pelos vistos tu tiveste lá perto!!!
Se gostam tanto de ter uma granada à solta dentro de casa, o mínimo que podem fazer é desarmá-la...
3:25 da tarde
Posted by
Epa... eu acho que depois de ontem ela já está completamente desarmada...
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