STRA blog

Há certas estações de metro aqui em Varsóvia em que temos de fazer uma espécie de corrida de obstáculos para não recebermos flyers, jornais gratuitos ou outras porcarias que nos queiram dar. Recentemente resolvi dar uma trégua e aceitei dois dos jornais diários gratuitos que distribuem por aqui. Que eu saiba há pelo menos três, mas um deles nunca vi.

Hoje trouxe o Metro (ao contrário do que parece, não é o equivalente ao nosso jornal Metro. Esse é o Metropol) e o Echo Miasta – Warszawa (eco da cidade). Estive a dar uma olhadela num e noutro na medida do possível, já que não entendo a maioria do que vem escrito. Mas deu para perceber alguma coisa sobre eles.

Por exemplo, o Metro é um jornal mais sério, com notícias sobre política e sociedade a nível nacional e internacional. Por ser um jornal gratuito e de leitura rápida, as notícias em geral são pequenas. Para além das secções já mencionadas, tem também secções de economia, cultura, incluindo a programação televisiva e o cartaz dos cinemas, previsão do tempo e umas pequenas cartas dos leitores. A última página é inteiramente dedicada às notícias do desporto. De salientar a notícia da transferência de um jogador de futebol polaco para o Sporting de Braga. Este jornal tem alguma publicidade, mas não demais. Alguns anúncios repetiam-se um bocado, sobretudo uma empresa de créditos e uma escola para adultos. O jornal é todo a cores, tendo cada secção uma cor própria no cabeçalho. Mas nada de exagerado.

Já o jornal Echo Miasta é nitidamente sensacionalista. Tal com o anterior, tem 12 páginas e textos breves. Muitos dos títulos têm pontuação, o que lhes confere um carácter expressivo. As secções têm nomes muito próprios, como “a cidade e nós”, “o nosso tema”, “à nossa volta”, etc. A página 2 do jornal parece-me a página da fofoca, com várias fotos dos que devem ser os Vip de cá. Mas no resto, fala muito de construções na cidade e de alguns edifícios. Achei curiosa uma notícia sobre uma palmeira artificial que está numa rotunda no centro da cidade, que diz que pelos vistos não há dinheiro suficiente para tratar dela devidamente. [Por acaso a primeira vez que vi a palmeira pensei que era verdadeira, ingenuidade minha, e até comentei que as folhas pareciam estranhas… até que me contaram toda a verdade.] Este jornal tem também uma secção mais ou menos cultural (acho que mais para menos do que para mais) e outra sobre habitação, que dá conselhos sobre tudo o que tenha a ver com casas. Neste caso era sobre os créditos e como poupar energia. A seguir a isto há uma secção de classificados e mais publicidade. Esta publicidade versa sobretudo empresas de créditos. Para além destas, apenas vi um anúncio a uma construtora e dois a aparelhos auditivos. No fim do jornal, à semelhança do anterior, está a página do desporto. A nível de cores, este jornal é absolutamente horrível. Exagera imenso na variedade de cores – ou não fosse um sensacionalista.

Qualquer dia quando tiver tempo vou tirar fotos de alguns outdoors para comentar também. Há algumas publicidades que, sinceramente, não fazem sentido nenhum. Outras até têm a sua piada. Mas não vai ser já, para não vos massacrar outra vez com uma pseudo-análise jornalística.

This entry was posted on quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007 at 16:50. You can skip to the end and leave a response.