Nunca o virar de um ano me deu para balanços ou promessas. Nunca foi ponto de viragem, nunca me deu para dizer “agora é que vai ser” ou “a partir de amanhã sou uma pessoa diferente”. Nunca percebi a magia de, a 31 de Dezembro ser uma coisa, e a 1 de Janeiro acordar outra completamente diferente. Até porque isso inviabilizava, de certa forma, os pontos de viragem que me surgem a meio do ano. Imaginemos que chego a Março e me dou conta que está tudo mal, que tenho a vida de pernas para o ar. E depois? Olho para o calendário e lá está: não, agora não há nada a fazer, é preciso esperar 9 meses e então, no próximo ano, tudo será diferente. É uma ideia que sempre me assustou…
Mas este ano resolvi que lá ia tentar, com o mudar do 7 para o 8, enumerar um punhado de coisas que eu gostava de mudar na minha vida. Saiu logo furado. Talvez porque ao soar das 12 badaladas nós ainda íamos no prato de sopa e só houve hipótese de abrir o champanhe depois das 2h. Depois, fiquei cansada e com sono, e aí é que não há hipótese de ter grandes ideias. Fui adiando, adiando, até agora.
Sem mais demoras, e resumidamente, quero que 2008 traga (e a ordem é totalmente aleatória):
- sobrinhada. Que nasça linda e saudável e que cresça melhor ainda (mvs, inclui aqui o teu rebento). E que os que já por cá andam continuem tal como estão…
- um tornado na minha vida profissional (com um fim mais positivo, claro). Pode até nem ser um tornado e ser só uma lufada de ar fresco, mas que seja qualquer coisa
- uma visita à co-bloguista ainda com o inquilino na barriga, mas com Varsóvia mais amena
- uma visita à amiga estudante que está em Paris
- viajar, viajar, viajar
- depositar neste blog mais letras do alfabeto e com maior frequência
E agora já sei porque é que não costumo fazer estas listas, ficam sempre a meio… Eu sei que a lista era mais longa, mas não me consigo lembrar de mais nada. Por isso, o resto, que vá ficando mais ou menos igual e com saúde, que não está nada mal.
- Ah e, se não for pedir muito, que a caldeira aqueça a água do banho, que água gelada às 7 da manhã em Janeiro não dá alento para sair da cama (é certo que a dita cuja só se avariou em 2008 mas como andei a adiar isto já entra no bolo)
